domingo, 22 de maio de 2011

NOVOS BATIZADOS


Este ano de 2011, na Igreja da Paróquia de Dalvares, até esta data, foram ministrados os Sacramentos do Batismo a 3 crianças:

O primeiro decorreu no dia 24 de Abril e foi Batizada a menina LEONOR DA SILVA FERREIRA, filha de Hugo e de Odília Ferreira. Os padrinhos foram a Hildebrando e sua esposa Edite.

Foi no dia quinze de Maio que o nosso conterrâneo Carlos Teixeira e sua esposa Vera Lúcia, levaram o seu filho LEONARDO TEIXEIRA à pia batismal. Os padrinhos do menino foram os tios Fernando e Aldina Silva Teixeira.

Por último, no passado sábado dia 21 de Maio, durante a cerimónia de casamento de seus pais Rui Manuel Pinto e da nossa conterrânea Marisa Borges, o DIOGO BORGES PINTO recebeu também o batismo. A testemunhar legalmente este Sacramento foi sua madrinha, Sabrina Borges Monteiro.

Em nome da Comunidade Cristã de Dalvares, desejo aos novos batizados e suas famílias, os maiores sucessos e felicidades pelas terras Helvéticas.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Chanfana 2011

Em virtude de me encontrar ocupado por motivos profissionais e não poder estar presente neste Convívio Anual, aqui deixo o depoimento de um dos participantes nesta "Festa".


O Encontro da Chanfana é bastante pitoresco e muito, muito especial. É um convívio promovido por homens e apreciado exclusivamente por homens.

Logo pela manhã, uma equipa especializada, isenta às inspecções da ASAE, deitou mãos à obra e segundo os parâmetros mais sofisticados, iniciou a confecção das “cabras” que iriam deliciar todos os comensais que tinham destinado este dia ao convívio tradicional que anualmente se realiza no Miradouro de Santa Bárbara em Dalvares.

O prato principal está envolto num mistério indesvendável. O “chefe” e a sua equipa dedicam-se afincadamente na sua preparação e para além dos habituais condimentos para o refogado, aplicam-lhe o “segredo” que faz deste prato tradicional um delicioso e divinal pitéu (de lambuzar os dedos).


Também o acompanhamento era constantemente supervisionado por membros da qualificada equipa. Não mediram esforços para que tudo decorresse na perfeição.

Consta-se que para apararem todas estas batatas, estes valentes voluntários tiveram de fazer um comprido serão. No entanto o prazer de verem os convivas saciados deu-lhes o alento necessário para cumprirem esta árdua mas nobre tarefa.

Olhos experimentados seguiam cada fase da preparação do repasto.





Como aperitivo surgiu a tão apreciada “galinha”. Logo que ela “cantou” no terreiro, alguns dos presentes apressaram-se a “depená-las” para as serem consumidas antes de “levantarem voo”.


Trata-se efectivamente de “galinha” nova, algumas até novas demais, ainda na fase adolescente, por isso houve quem não dispensasse regá-la com tinto. Além de adocicar, este néctar especial, preparava o estômago para o ataque que estaria para breve. E, ataque deste calibre sem ser regado não é considerado tradicional, nem tão-pouco é aconselhável a nenhum mortal. Por isso mesmo, os garrafões estavam devidamente preparados e em local estratégico para que nenhuma alma cristã padecesse da maldita sede. De facto trata-se de uma sede que massacra os homens, que se querem fortes e corajosos, com enormes capacidades de fazerem “esses” sem recorrerem a nenhum lápis.

A barafunda disciplinada estava a gerar-se e cada qual se artilhava com o respectivo prato e talheres, sem esquecer o inestimável copo com que serviria para regar este espectacular manjar divino.

O pessoal organizava-se e perfilava-se desejoso de ver saciado o rato que já atormentava o estômago. Indiferentes aos chuviscos que no horizonte ameaçavam estragar o dia, todos se preparavam ordeiramente sem atropelos porque os quatro potes garantiam carne suficiente para o almoço.


Eis que chegou o momento tão desejado.

Adoptou-se, com consentimento comum, um sistema de self-service. Cada um por sua vez, com elevada educação e ética, próprias de verdadeiros apreciadores de chanfana, foram-se servindo com a maior das naturalidades e descontracções.

Como que por encanto abateu-se sobre estas pessoas de bem, uma indizível calmaria porque o “chefe” tinha declarado oficialmente o início do almoço. E, nestas coisas de comer o nosso povo é muito zeloso, e enquanto não estiver plenamente saciado não admite grandes intromissões a esta nobre e deliciosa empreitada.

(Agostinho Oliveira)